Sueli Carneiro deixou o conselho editorial da Folha depois que um texto racista sobre a escravidão e mulheres negras foi publicado, escrito pelo colunista Leandro Narloch. A ativista havia chegado ao colegiado há pouco, com o intuito de torná-lo mais diverso. E o mais legal foi que Thiago Amparo, que está no novo conselho, vai levar a questão à justiça. Ai, amo igual sorvete.
E o tema da coluna? A defesa de que precisamos como defensoras de direitos humanos nos espelhar naquilo que Narloch chamou de sinhás pretas. Mas nem era isso que eu queria falar. Mas deixa pra lá, vamos fingir que nada disso tem a ver com essa tal da normalização do luxo em um contesto pandêmico… Fica a dicona. 💥💥💥
A fronteira final
Como capitã da USS Icatu, da Frota Estelar de Planetas, saúdo Siam Proctor como a primeira mulher negra a dirigir uma espaçonave. Porém, ela não quer ser uma porta-voz para mulheres e meninas negras mas para mulheres em geral. Pelo menos na entrevista da NatGeo. Por que bem aqui na Spaces a preta abriu o verbo.
“O maior problema que enfrento quando aponto a falta de diversidade para palestras de conferências para meus amigos caucasianos já incluídos é que eles sempre dizem, ‘Você deve dizer algo.’ O que me faz rir “, disse Proctor. “Você já está na mesa, então por que não está dizendo nada? Precisamos que os homens brancos se manifestem e denunciem qualquer falta de diversidade e / ou inclusão. Eles devem ter uma lista de pessoas de cor prontamente disponível para compartilhar quando levantarem preocupações para que sejam parte da solução.”
Amei. Tá em inglês meu bem, mas você sempre pode usar um tradutor.
Diana Vreeland, a diaba original
Agora a gente já sabe em quem Anna Wintour, que inspirou a toda poderosa de O diabo veste Prada e atual Condé Nast, pode ter se espelhado. Diana Vreeland foi a pessoa que levou as pessoas ao MET para grandes exposições de moda. Se isso não significasse tantas mortes e uma carreira descartável, adoraria ser uma editora assim. Tem alguma coisa em Wintour e Vreeland que gosto. Acho que é só tirar a parte ruim. Mesmo sabendo que isso não é possível.
Crianças
Crianças também se emocionam quando seus responsáveis gozam de boa saúde mental. E tem um jeitinho todo especial de dizer isso. Eu mesma fui chamada de bruxa ontem <333 As pessoas não estão falando sobre isso mas deveriam.
Charles Garnier
E pra terminar, quero te indicar um documentário sobre Charles Garnier e arquitetura da ópera que leva seu nome e inspirou teatros mundo afora, como o Municipal de São Paulo. Uma obra fundamental para entendermos a colonialidade e o século XIX. E porque ainda não saimos da Idade Média. Está passando no canal Curta! mas também tem no youtube com tradução disponível.
A parte em que se fala das bailarinas por exemplo é ororível. Um ótimo retrato da cisheteronormatividade européia da época. E de hoje.