ArteCandyman como um pesadelo urbano

O monstro mais assustador do mundo são os seres humanos e tudo o que somos capazes, especialmente quando estamos juntos. Estou trabalhando nessas premissas sobre esses diferentes demônios sociais. Esses monstros inatamente humanos que fazem parte da maneira como pensamos e interagimos. Cada um dos meus filmes será sobre um desses diferentes demônios sociais.

ArteRoy Cohn, a derrota é um cenário?

Há quem se interesse em aproximar o escroque de gente como Olavo de Carvalho e seu cliente mais poderoso, Donald Trump. Mas e se Roy Cohn fosse uma personagem de ficção, fiquei me perguntando, e dois tipos me vieram à mente: Ferris Bueller de Curtindo a vida adoidado (1986) e James T. Kirk em A ira de Khan (1982), da franquia Star Trek.

Entrevista com Gabriela Watson Aurazo, autora de Flores de Baobá

O projeto nasceu da necessidade de falar sobre a dificuldade enfrentada pela população negra em ter acesso a uma educação de qualidade. Partindo da minha própria experiência, em escolas particulares sendo quase sempre uma das únicas estudantes negras, onde alunos, professores e coordenadores tinham pouca sensibilidade para lidar com diversidade.

ArteUm Egito Negro incomoda muita gente

Usurpar patrimônio africano não basta, também é necessário embranquecer seus sujeitos. Tanto na série José do Egito (atualmente em reprise pela Record) quanto em Êxodo: Deuses e Reis as personagens são majoritariamente brancas. Os realizadores são incapazes de reconhecer que todo um complexo sistema de crenças, filosofia, arte, arquitetura, astronomia e medicina são coisas de preto. Qualquer movimento diferente disso, mesmo a simples hipótese de que os antigos egípcios era negros, é vandalismo demais para aguentar.

ArteOnde estão as bailarinas negras

Bailarinas, ativistas, cientistas, políticas, escritoras, todas precisam não existir para que o futuro de nossas crianças também seja ameaçado. Para que sempre haja um exército de criaturas descartáveis à disposição. Daí a importância de nós negros sejamos mostrados como corpos que dançam apenas uma vez por ano.

ArteDeixar de ser racista, meu amor, não é comer uma mulata!

Um dos mais conhecidos é o famoso “negro de alma branca” que nossos antepassados tanto ouviram. Mas não são apenas nossos homens que conhecem muito bem os elogios racistas. Nós mulheres negras também somos agraciadas com esses pequenos monstrinhos, usados inadvertidamente por amigxs, familiares. Muitas vezes até por nossos parceirxs.

Estou revendo A escrava Isaura

Estou revendo A escrava Isaura. Nesse episódio Zeni Pereira como Januária constata que nunca será livre. Mal sabia a personagem que dez anos depois, em 1885, seria assinada a lei saraiva-cotegipe condenando os escravos com mais de 65 anos ao deus dará.