Gordofobia como piada ou mais hilário que um, só dois gordos rolando

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Não é necessário nenhum esforço extraordinário para compreender a gordofobia; a própria palavra sugere um acentuado desconforto e sentimento de repulsa contra pessoas gordas. Há um vasto leque de imagens negativas que demonstram como pessoas gordas são percebidas na sociedade, quase sempre representadas como desagradáveis e repulsivas.

Jarid Arres no Blogueiras Feministas.

E SE ANIMAIS SELVAGENS COMESSEM FAST FOOD?

Desagradáveis, repulsivas ou… Objeto de piada.

Se quiser ser engraçado, abuse de gordofobia e faça que personagens gordas rolem. Afinal, mais hilário que um, só dois gordos rolando, rá! Essa é a opinião dos criadores de What if wild animals ate fast food como você mesmo pode conferir. Detalhe – se alguma criança vier a pensar da mesma forma, alguns argumentarão que tudo será mera coincidência.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=8lOhvS-xyrA]

Our initial idea was to tell a high-speed chase, but just a little different to known scenarios. Imagine the story of a hunter pursuing a fat, rolling deer in the forest. We thought that would be hilarious. We loved the idea of rollin’ animals so much, we decided the hunter should be an animal as well! That’s even more hilarious!

Philipp Wolf, producer

NENHUMA APTIDÃO ALÉM DE ROLAR

Note que rolar é possivelmente a única aptidão que uma pessoa gorda tem. A graça do filme é justamente essa, a certeza que de se os bichos comessem fast food ficariam meio parecidos como a gente (nesse caso, os gordos) – patéticos e engraçados. E não adianta argumentar, isso é uma simples piada. Nem sei porque gente como eu e você arrumamos tempo para nos importar tanto com isso.

A ideia que gordos são incapazes se traduz na mórbida curiosidade de olhar gordos fazendo coisas que apenas os magros podem ou deveriam fazer (espero depois dessa frase, eu não ter de explicar a falta de aspas e o conceito de ironia). Ainda assim mostrarei um outro vídeo, dessa vez com uma bailarina que por acaso vem a ser gorda, a Mandanah.

Desculpe querido leitor se ele não é tão engraçado quanto o anterior – aqui a gorda não rola mas faz uma apresentação impecável de dança do ventre com um par de címbalos (que nós chamamos de snujs). No palco outra mulher foda, uma senhorinha que atende pela graça de Mary Elle Donald, uma das maiores percussionistas da música oriental na atualidade.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=DPS6IMH8M7I]

E se você quer ter uma vaga noção no que significa dançar e tocar snujs ao mesmo tempo, tente assobiar e chupar cana ao mesmo tempo. Caso tudo corra bem, não esqueça de me contar depois o segredo do sucesso. Faz alguns anos que tento e nada. Acho que sou dessas que só serve pra rolar.

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