Você acredita que tem gente que acredita que a terra é plana?

0 Shares
0
0
0

Essa semana levei uma série de sustos a cada novidade aterrorizante que me era apresentada nas redes sociais – o babado foi tanto que tive de criar o Prêmio Pepino do Mar Oneirophanta. Confira um resuminho arrepiante com os acontecimentos mais bizarros e freak descontrol  dessa semana muito estranha.

Menção honrosa: quantas de suas amigas “tem” uma babá?

Tudo começo com um post sobre viajar com babás no blog Viajando com filhos, agora em manutenção. Confesso que não tive estômago para ler o texto na íntegra já que ele reproduzia tudo que de pior temos como sociedade – classismo, racismo e machismo. Mas o pior ainda estava por vir, gente boa defendendo que ter uma babá não é privilégio.

Minha vontade foi de perguntar – escuta aqui,  quantas de suas amigas são e quantas tem uma babá (olha o verbo ter + seres humanos na mesma frase). Você mesmo escolheria ser babá se pudesse? Pra essas pessoas e a autora do texto uma mui merecida (rá) menção honrosa de Prêmio Pepino do Mar Oneirophanta da semana. E eu nem te conto o que eu diria se me perguntassem onde colocar o troféu.

III. Terceiro lugar: Cadiveu, eu não preciso de você!

Postei aqui a carta repúdio à propaganda racista da Cadiveu, aquela da peruca black e um sonoro “eu preciso de cadiveu”. Como sempre acontece, vieram um bando de white people dizer que não se sentiram ofendidas, rá. Mas o pior argumento foi de uma mocinha perguntando porque nós negros queremos cotas mas não aceitamos uma blackface – é dela o terceiro lugar no pódio mais gosmento dessa blogosfera!

II. Segundo lugar: Myrian Rios, xingue a ideia e não a pessoa!

O segundo lugar vai para essa gente que, ao invés de atacar a atuação de Myrian Rios como deputada e o teor de sua lei sobre a moral e os bons costumes, colocaram-na em questão pelo fato de já ter pousado com pouca ou nenhuma roupa. Daí que nós feministas tivemos de defender a deputada primeiro para somente depois concentrarmos nossos esforços na critica da lei sem noção.

Isso tudo enquanto a gente podia ter discutido o Brasil como Estado Democrático de Direito, onde a vontade da maioria não é mais importante que as liberdades individuais. Colocado em questão o uso da máquina pública como ferramenta de legislação em própria causa. A privatização dessa mesma máquina por algiuns setores da sociedade… Parabéns aos envolvidos!

I. And the Pepino do Mar goes to…

Nada do que tenha lido ou feito até aqui me preparou para o susto que foi descobrir um grupo de ateus… Conservadores. É, a crista da onda agora é ser ateu simpatizante do fundamentalismo religioso, beware. Agora prepare seu coração que isso nem de longe foi o mais bizarro da semana. O Prêmio Pepino do Mar Oneirophanta fica com… A Sociedade da Terra Plana por reunir pessoas de todo o mundo que realmente acreditam que a terra é plana.

Espero que todos façam muito bom uso do nosso pepino!

E se você tiver uma sugestão para semana que vem, entre em contato. Há pepinos para todo mundo, rá!

Agora a coisa é séria!

0 Shares
You May Also Like

Até o ano que vem, Latinidades!

Até o ano que vem, Latinidades! Que mais uma vez será de arrepiar com o tema Cinema Negro: "Queremos discutir o papel da mulher negra nessa cadeia cinematográfica, o seu protagonismo na produção e também como atriz.

Se essa rua fosse minha. Morte e morte nas grandes cidades.

A calçada por si só não é nada. É uma abstração. Ela só significa alguma coisa junto com os edifícios e os outros usos limítrofes a ela ou a calçadas próximas. Pode-se dizer o mesmo das ruas, no sentido de servirem a outros fins, além de suportar o trânsito sobre rodas em seu leito. As ruas e suas calçadas, principais locais públicos de uma cidade, são seus órgãos mais vitais. Ao pensar numa cidade, o que lhe vem à cabeça?

Je suis desolée Moïse Mugenyi Kabagambe

"Olha a foto do meu filho, meu bebezinho. Era um menino bom. Era um menino bom. Era um menino bom. Eles quebraram o meu filho. Bateram nas costas, no rosto. Ó, meu Deus. Ele não merecia isso. Eles pegaram uma linha (uma corda), colocaram o meu filho no chão, o puxaram com uma corda. Por quê? Por que ele era pretinho? Negro? Eles mataram o meu filho porque ele era negro, porque era africano.", disse sua mãe.

Talvez a humanóide Ameca seja um alerta. Sobre nós.

O que vai acontecer quando Ameca se tornar capaz de passar tranquilamente por um ser humano? Afinal o que faremos quando aqueles que nos servem passarem a servir a seus próprios interesses? Talvez Ameca seja um alerta de que muito brevemente a Skynet despertará de seu sono. Não se trata da revolução de robôs, mas sobre o que faremos quando ela acontecer.